Autoestima

09/08/2012 21:31

Você consegue lembrar-se da última vez que teve um desequilíbrio emocional, em que as crenças em si próprias e as suas capacidades se escapuliram? Como é que conseguimos manter as crenças que temos em nós de forma a vivermos menos ansiosos e com mais alegria?Imagine as coisas que conseguiríamos realizar se tivéssemos a crença que éramos capazes de nos propor a fazer qualquer coisa (dentro dos limites do aceitável) para atingir os nossos sonhos e objetivos, especialmente se conseguíssemos manter um nível de auto-estima que não fosse abalado perante nenhuma circunstância. O que é que você faria?

A auto-estima surge da auto-imagem positiva que temos de nós, é algo que de forma proativa construímos. A auto-estima não se constrói na passividade, nem quando pensamos que vem dos acontecimentos exteriores, a auto-estima desenvolve-se no mundo real. O que se pretende é uma construção sólida, e isto só é possível a partir do nosso interior.

Durante as nossas rotinas diárias, a mente é especializada em procurar todos os tipos de coisas ou situações que fizemos mal, e certificar-se que estamos conscientes disso. Com esta força e tendência contra-produtiva que a nossa mente tem, beneficiaremos muito em regularmente trabalharmos no sentido de construir a nossa própria imagem. É comumente aceite que a forma como nos vemos a nós próprios afeta diretamente tudo aquilo que fazemos. Pessoas com a auto-estima elevada promovem a capacidade para serem felizes, aumentam o seu bem-estar e conseqüentemente a produtividade nas suas vidas.
UMA HISTÓRIA FAMILIAR A MUITOS DE NÓS
Provavelmente você já passou ou está a passar por uma situação da sua vida em que se sente sobrecarregado, dia após dia as coisas vão-se acumulando (as que tem para fazer e o sentimento de responsabilidade daquelas que deixou por fazer), chegando a um ponto em que vê-se forçado a abrandar. Deixa de fazer algumas das tarefas habituais, adia um prazo de entrega de algo, falta a alguns compromissos. Vai-se instalando um sentimento de decepção, pode até chegar a desenvolver sentimento de culpa. O stress faz-se sentir e o desânimo aumenta. No entanto, você levanta-se de manhã com a intenção de fazer nesse dia o que deixou por fazer no dia anterior, mas verificando a dura realidade que não conseguiu cumprir com as expectativas.
Você começa a cair num ciclo vicioso de acumulação de trabalho, tendo a percepção de que necessita dar um empurrão nos seus compromissos e obrigações. A sensação de incapacidade, de aperto e desespero vai aumentando, prejudicando e diminuindo a sua auto-estima. Em conseqüência do sentimento de alarme que foi acionado ao seu ego, o impulso é grande para a construção de justificações e desculpas sobre o problema instalado. No entanto, para aquele que tem um sentimento de falha, um sentimento de culpa e de incapacidade, outros sentimentos vão-se instalando, crescendo e minando a confiança em si mesmo. A probabilidade de cair no ciclo da procrastinação é grande, e este vício é um ótimo combustível para queimar a sua auto-estima. Você criou um estado mental propício à autocrítica, auto-avaliações negativas e descrença nas suas capacidades, aptidões e habilidades. Criou um estado mental auto-depreciativo, que é um misto de lamuria, descrença e auto-imagem negativa.

Vamos olhar com atenção:

Auto-estima = O quanto gostamos de nós mesmos
O quanto gostamos de nós mesmos = Nível de autodomínio
O que é o domínio de si mesmo? É a habilidade que temos para nos conduzirmos a realmente fazer, o que queremos fazer, por outras palavras, tem a ver com a nossa autoconfiança e autodisciplina. Uma pessoa que tem domínio sobre si mesmo, tem auto-integridade e capacidade para manter-se fiel às suas palavras e compromissos. Cada vez que deixamos de ouvir a nossa voz interior, e não agimos de acordo com algo que nós precisamos, ficamos susceptíveis a perdermos a confiança em nós mesmos e nas nossas habilidades. Esta falta de auto-fé, vai aumentando numa espiral descendente à medida que queremos realizar mais compromissos e objetivos.

Descrições de uma baixa-auto-estima:
Você pensa excessivamente sobre si mesmo, e analisa porque razão você é do jeito que é.
Você tem medo da adversidade, o que lhe provoca uma enorme angustia. Você pode ser alienado em relação e em oposição  aos seus pais, cuidadores e figuras de autoridade em geral.
Você não sorri facilmente. Você pode ter uma visão negativa, desesperançada de si mesmo, da sua família e sociedade.
Você sente-se muito cansado. Você pode estar relutante ou incapazes de definir e alcançar os seus objetivos.
Você fica com você mesmo. Você prefere ficar sozinho a conhecer novas pessoas e estar com os outros.
Você afasta as pessoas. Você tem dificuldade em fazer e manter amigos.
Você evita olhar nos olhos dos outros. Você tem dificuldade com a confiança verdadeira, intimidade e afeto.
Você recusa-se a assumir riscos. Você sente-se carente e pode ter uma tendência a apegar-se à falsa independência.
Você pode criar efeitos e situações negativas. E em casos extremos, pode ser anti-social e talvez violento.
Coisas que outros não podem observar incluem: Você fala para si mesmo de forma negativa, você não diz a verdade e/ou nem mantém a sua palavra, você não perdoa a si mesmo ou aos outros. Você pode não ter empatia, compaixão e remorso.
Aumentar a auto-estima implica algumas mudanças de comportamento. O comportamento vai mudando com a prática e a intenção. A auto-estima é uma realização, um processo que energiza e lhe dá motivação. Não é algo que nós temos, mas desenvolve-se com a experiência das coisas que fazemos. A auto-estima é a experiência de ser capaz de enfrentar os desafios e promover a felicidade.